“Eu acho que isso é uma linha muito tênue, algo complexo de julgar! Eu sempre acreditei que o músico gospel precisa ter um suprimento. É justo. Há uma dedicação, um investimento Muitos, inclusive, ficam dias longe da família e precisam ter suas necessidades supridas, é questão de sobrevivência. Mas é claro que não podemos esquecer que paralelamente a isso, há um interesse por parte das gravadoras; o artista sofre uma certa pressão. Mas eu, particularmente, acredito que acima de tudo isto está a proposta espiritual. Se você fizer aquilo que espiritualmente precisa ser feito, Deus vai te honrar e te suprir em tudo”, explica Apóstolo Estevam Hernandes, precursor da música gospel no Brasil e líder da banda Inesquecível.
“O que acontece é que lamentavelmente, existem pessoas que não tem a motivação correta, não têm interesse na salvação de vidas, não estão interessadas no Reino de Deus, estão interessadas apenas no aspecto comercial, isso acaba sendo destrutivo, na minha concepção. Quero deixar claro que eu não tenho nada contra que as pessoas tenham resultados. Mas, como eu disse anteriormente, Deus te abençoa e te honra de acordo com o seu sentimento. Tudo que eu faço eu sempre tenho como base as motivações corretas. Eu acho abominável alguém fazer um trabalho partindo somente da motivação econômica e financeira. Isso fere e entristece o Espírito de Deus. Quando a sua motivação é agradar a Deus, fazer o seu melhor e primar a salvação de vidas, o Senhor te suprirá”, declarou.
No caso do Inesquecível, projeto de regravação de músicas que marcaram as décadas de 80 e 90, trazendo um conceito moderno à música gospel da época, Apóstolo garante que nunca pensou em questões comerciais. “No caso do Inesquecível, nós estamos desassociados de tudo isso. Inclusive quando a gravadora me perguntou: O senhor acha que vai vender quantos CDs”, eu respondi: Querido, se vender um ou se vender um milhão, para mim, dá na mesma. Na verdade, o que eu quero é que vidas sejam salvas. Eu canto rock com a moçada, porque estou aqui para servir a Deus. Se isso for bênção para motivar um jovem que está mal na fé, amém, se isso salvar milhões, melhor ainda. Realizamos muitos shows evangelísticos e milhares de vidas foram salvas. É isso que me motiva! Não sou um artista, sou um adorador. Quem precisa ser venerado é porque não tem nada! Que eu diminua e que Deus cresça, eu gosto de estar perto das pessoas. Quando nós somos conduzidos pelo Espírito Santo, a glória é do Senhor”, disse ele.